Governo reconhece que "Efetivamente terá havido alguma confusão"

O governo no final da sessão do Conselho de Ministros reconheceu que "Efetivamente terá havido alguma confusão que terá resultado no encerramento precipitado de algumas instituições comerciais", segundo palavras do porta-voz do orgão Filimão Suazi.
Suazi falava no final de uma reunião extraordinária do CM destinada a deliberar sobre as medidas efetivas a aplicar durante o estado de emergência em vigor até ao dia 30 de abril.
O decreto do Conselho de Ministros será publicado e divulgado hoje, quinta-feira.
Diversas lojas do centro de Maputo encerraram mais cedo durante a tarde de hoje, com alguns vendedores a alegar ter informação de que o deveriam fazer e outros a dizerem ter recebido ordens da polícia.
Fonte do comando policial em Maputo disse à Lusa que não houve nenhuma ordem nesse sentido.
Filimão Suazi adiantou que circularam informações nas redes sociais que "não correspondem à verdade" e que, inclusivamente, terão sido motivo de debate em órgãos de comunicação social.
O encerramento de lojas "só se justificará" quando o país estiver "nas medidas de nível 4" na escala de restrições que começa no nível 1, menos severo.
"Por agora, o que fazemos é regular, limitar, condicionar o funcionamento de serviços públicos e privados e não necessariamente proceder como se tem procedido noutros países de que já temos exemplos daquilo a que se chama de 'lockdown' [recolher obrigatório]. Essas serão medidas de nível 4", explicou.
Moçambique está desde as 00:00 de ontem "nas medidas de nível 3 e são estas que virão traduzidas no decreto de Conselho de Ministros a ser publicado amanhã [quinta-feira]" e a ser divulgado em conferência de imprensa para o efeito.
"Não é o caso de se proceder ao encerramento de estabelecimentos comerciais ou de qualquer natureza. Será, sim, o caso de se condicionar o seu funcionamento", reiterou.
Moçambique regista 10 casos oficiais de infeção pelo novo coronavírus, sem mortes.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, terá infetado mais de 905 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 46 mil e pelo menos 176.500 são consideradas curadas. (Moz24h)